O problema filosófico existencial do ser humano é que sempre procura o começo de tudo, pelo fato de haver adentrado ao mundo material denso de forma violenta pela própria dinâmica natural, e assim tendo estancado momentaneamente a continuidade de sua consciência subjetiva, se esquece do aspecto essencial objetivo e eterno da sua consciência julgando que passou a existir a partir do ponto em que recobrou a autoconsciência subjetiva, procurando seu início existencial na essência das primeiras reações subjetivas que dispensou ao meio material e aos demais iguais. Precisa no seu espaço a que denomina de “o agora” recobrar a percepção essencial das coisas, dos seres, dos conceitos e de tudo, a qual acrescentará à sua consciência objetiva, unindo os dois pólos de existência no qual circula sua consciência, o vígel e o inconsciente.
Esse processo aponta para o arquétipo da águia, no sentido de estar autoguiando-se com exímia atenção consciente exterior e intuitiva interior, como que alçando vôo nestas duas asas consciênciais, e caçando a procura do ser, que é o eu unitotal mental espírito, aprisionado pelo ego da ilusão imediata dos sentidos físicos a fugir para não ser “pego” , tendo horror de se encontrar com a realidade de si e ser motivado a se desvencilhar das ilusões exteriores a que se apegou.
Ao invés de se procurar desesperadamente o começo da existência, que possamos aceitar e reconhecer o aspecto sempiterno da nossa existência, encontrando esse ser unitotal mente espírito, além do tempo e espaço, assim brilhará nosso sol interior, e redescobriremos isso que somos, superando essa linha de tempo imposta pelo nascimento na existência material e energética densa, para o fim de colocar ela - essa existência material - em seu próprio lugar, ou seja, em uma experiência a que nos dispusemos a ter com nosso Espírito, seja qual for o aspecto sentimental, objetivo, ou subjetivo vivido em dado quantum espaço-tempo. É reconhecer o ser quântico que somos, expandindo a consciėncia e nascendo das águas e do fogo do Espírito de Cristo, como disse há 2000 anos: -o que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito.
Quando sofria de depressão e não sabia o porque resolvi ouvir a voz da minha alma essência e foi quando ela me falou, “Quero voltar ao sol”. Procurei compreender o que significava isso e recebi de minha consciência interior a meditação solar, que pode ajudar tantos quantos dela façam uso para voltar ao sol de si mesmas.Quantas almas se encontram no abismo existencial divorciadas de si mesmas em Espírito pela omissão do rebelde filho pródigo perdulário, iludido e contaminado pelos diversos vírus das ilusões materiais criadas para lhe roubar de si, sejam objetos, ou corpos de doutrinas variadas auto-ego-centradas.
