Em dado
momento, o amor, para alguém, será expressado no ato de estar acariciando a
pessoa que escolheu para compartilhar um nível de intimidade que enseje a troca de carícias, a se relacionar
sexualmente e a se entregar emocionalmente. Essa representação do amor, poderá,
igualmente, acarretar que essa pessoa entenda que tal intimidade, a qual
acredita ser extraída da representação do amor experenciado pelas duas pessoas,
lhe dê o direito de ao se sentir traída por tal intimidade não lhe estar sendo
exclusiva, usar de violência para chamar à atenção a outra pessoa e impor a ela
a sua própria representação de que o amor está sendo corrompido e abandonado.
Para alguém
que viva em uma sociedade que tenha outra representação do amor como forma de
intimidade sexual e entrega emocional, que considere a faculdade de liberdade
de escolha sexual como representação primeva do amor e que seja o fundamento
para a perpetuação da convivência e companheirismo entre duas pessoas, a
permissão outorgada para o companheiro ter outras experiências sexuais é a representação
do amor na qual predomina sua subdivisão “liberdade” e não “retenção”,
aprisionamento ou castração sexual.
Veja-se que,
em ambos os casos nada justifica a representação do amor pela intimidade sexual
na via da posse ou da liberdade, pois não é a justificação na adoção dessa ou daquela
representação que a tornará a verdade do
todo do Amor, vez que o Amor como um todo, não está preocupado com essa
justificação mas sim com a realidade de que tal ação o faz acreditar que ela é
a verdadeira representação
(significância) do amor, e se assim o é para a pessoa, o Amor representado da
forma que escolher, sempre retornará.
Assim, é
importante compreender que o todo do Amor é o Espírito, que é o todo de nós
mesmos, e que, para Ele a representação é a totalização das experiências, ou
seja, não há limites, os limites estão dentro de nós, o todo do Amor, por ser
maior que cada parte, não é mesquinho a ponto de não permitir que cada parte
experiencie a representação que entender real, porém não deixará de nos incitar
à provação para que possamos ultrapassar as cercas das autolimitações impostas
por preconceitos que não fazem parte do todo.